quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Ensino Religioso: “Cativar é criar laços”

“Cativar é criar laços”

Foi então que apareceu a raposa:
- Bom dia, disse a raposa.
- Bom dia, respondeu o principezinho, com delicadeza. Mas ao voltar-se não viu ninguém.
- Estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira.
- Quem és tu? - perguntou o principezinho. Tu és bem bonita ...
- Sou uma raposa, disse a raposa.
- Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste ...
- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me cativaram ainda.
- Ah, desculpa, disse o principezinho.
Após uma reflexão, acrescentou:
- Que quer dizer "cativar"?
- Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?
- Procuro os homens, disse o principezinho. Que quer dizer "cativar"?
- Os homens, disse a raposa, tem fuzis e caçam. É bem incômodo! Criam galinhas também. É a única coisa interessante que eles fazem. Tu procuras galinhas?
- Não, disse o principezinho. Eu procuro amigos. Que quer dizer "cativar"?
- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar laços"...
- Criar laços?
- Exatamente, disse a raposa. Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo aos teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo ...
Se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outro passos me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo.
A gente só conhece bem as coisas que cativou...
...Se tu queres um amigo, cativa-me!
Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos.
Os homens esqueceram essa verdade, disse a raposa. Mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.

O Pequeno Príncipe. Saint-Exupéry


PALAVRA DE VIDA:

O Livro do Eclesiástico (presente nas principais traduções da Bíblia), no capítulo 6, versículos de 14 a 17 nos fala:
" Um amigo fiel é um poderoso refúgio, quem o descobriu, descobriu um tesouro. Um amigo fiel não tem preço, o seu valor é incalculável. Um amigo fiel é um remédio que cura, e os que temem ao Senhor o encontrarão. Aquele que teme ao Senhor faz amigos verdadeiros, pois tal como ele é, assim será o seu amigo."

VIVÊNCIA DA PALAVRA:

Um relacionamento significativo é único em todo o mundo; nenhum outro é igual. Ele cresce a partir das peculiaridades e diferenças das pessoas envolvidas.
As pessoas em um relacionamento como no livro "O Pequeno Príncipe", cativam uma a outra.

1) O que é cativar?

2) Em seu dia a dia você já vivenciou a experiência de cativar e ser cativado?

3) Você concorda que quem encontrou um verdadeiro amigo encontrou um tesouro?

4) Você sabe ser amigo?

5) Que outras mensagens os textos refletidos sugerem?

ORAÇÃO:

Senhor, ajuda-me, para que eu saiba valorizar sempre uma verdadeira amizade.

A menina e o pássaro encantado

A menina e o pássaro encantado
Era uma vez uma menina que tinha um pássaro como seu melhor amigo.
Ele era um pássaro diferente de todos os demais: Era encantado.
Os pássaros comuns, se a porta da gaiola ficar aberta, vão embora para nunca mais voltar. Mas o pássaro da menina voava livre e vinha quando sentia saudades...
Suas penas também eram diferentes. Mudavam de cor. Eram sempre pintadas pelas cores dos lugares estranhos e longínquos por onde voava.
Certa vez, voltou totalmente branco, cauda enorme de plumas fofas como o algodão.
" – Menina, eu venho de montanhas frias e cobertas de neve, tudo maravilhosamente branco e puro, brilhando sob a luz da lua, nada se ouvindo a não ser o barulho do vento que faz estalar o gelo que cobre os galhos das árvores. Trouxe, nas minhas penas, um pouco de encanto que eu vi, como presente para você..."
E assim ele começava a cantar as canções e as estórias daquele mundo que a menina nunca vira. Até que ela adormecia, e sonhava que voava nas asas do pássaro.
Outra vez voltou vermelho como fogo, penacho dourado na cabeça.
"... Venho de uma terra queimada pela seca, terra quente e sem água, onde os grandes, os pequenos e os bichos sofrem a tristeza do sol que não se apaga. Minhas penas ficaram como aquele sol e eu trago canções tristes daqueles que gostariam de ouvir o barulho das cachoeiras e ver a beleza dos campos verdes."
E de novo começavam as estórias.
A menina amava aquele pássaro e podia ouvi-lo sem parar, dia após dia. E o pássaro amava a menina, e por isso voltava sempre.
Mas chegava sempre uma hora de tristeza.
" – Tenho que ir", ele dizia.
" – Por favor não vá. Fico tão triste. Terei saudades e vou chorar....". E a menina fazia um beicinho...
" – Eu  também terei saudades", dizia o pássaro. Eu também vou chorar. Mas eu vou lhe contar um segredo: As plantas precisam da água, nós precisamos do ar, os peixes precisam dos rios... E o meu encanto precisa da saudade. É aquela tristeza, na espera da volta, que faz com que as minhas penas fiquem bonitas. Se eu não for, não haverá saudades. Eu deixarei de ser um pássaro encantado e você deixará de me amar."
Assim ele partiu. A menina sozinha, chorava de tristeza à noite. Imaginando se o pássaro voltaria. E foi numa destas noites que ela teve uma idéia malvada.
" – Se eu o prender numa gaiola, ele nunca mais partirá; será meu para sempre. Não  mais terei saudades, e ficarei feliz".
Com estes pensamentos comprou uma linda gaiola, própria para um pássaro que se ama muito. E ficou à espera.
Finalmente ele chegou, maravilhoso, com suas novas cores, com estórias diferentes para contar. Cansado da viagem, adormeceu.
Foi então que a menina, cuidadosamente, para que ele não acordasse, o prendeu na gaiola para que ele nunca mais a abandonasse. E adormeceu feliz.
Foi acordar de madrugada, com um gemido do pássaro.
" – Ah! Menina... Que é que você fez? Quebrou-se o encanto. Minhas penas ficarão feias e eu me esquecerei das estórias... Sem a saudade, o amor irá embora..."
A menina não acreditou. Pensou que ele acabaria por se acostumar. Mas isto não que aconteceu. O tempo ia passando, e o pássaro ia ficando diferente. Caíram as plumas e o penacho, os vermelhos, os verdes e os azuis das penas transformaram-se num cinzento triste. E veio o silêncio; deixou de cantar.
Também a menina se entristeceu. Não, aquele não era o pássaro que ela amava. E de noite ela chorava pensando naquilo que havia feito ao seu amigo...
Até que não mais agüentou. Abriu a porta da gaiola.
" – Pode ir, pássaro, volte quando quiser...".
" – Obrigado, menina. É, eu tenho que partir. É preciso partir para que a saudade chegue e eu tenha vontade de voltar. Longe, na saudade, muitas coisas boas começam a crescer dentro da gente. Sempre que você ficar com saudades, eu ficarei mais bonito. Sempre que eu ficar com saudades, você ficará mais bonita. E você se enfeitará para me esperar...".
E partiu. Voou que voou para lugares distantes. A menina contava os dias, e cada dia que passava a saudade crescia.
" – Que bom, pensava ela. "Meu pássaro está ficando encantado de novo...".
E ela ia ao guarda-roupa, escolher os vestidos; e penteava os cabelos e colocava uma flor na jarra...
" – Nunca se sabe. Pode ser que ele volte hoje..."
Sem que ela percebesse, o mundo inteiro foi ficando encantado como o pássaro. Porque em algum lugar ele deveria estar voando. De algum lugar ele haveria de voltar. Ah! Mundo maravilhoso, que guarda em algum lugar secreto o pássaro encantado que se ama...
E foi assim que ela, cada noite ia para a cama, triste de saudade, mas feliz com o pensamento:
" – Quem  sabe ele voltará amanhã..."
E assim dormia e sonhava com a alegria do reencontro...

Rubem Alves
1- Vocabulário:
Encantado:
Longínquas:
Estalar:
Penacho:
Cachoeira:

2- Interpretação do texto:
Responda:
a) Por que o pássaro da menina era deferente?
R:

b) o que fazem os pássaros comuns se a porta da gaiola ficar aberta?
R:

c) Quanto ao aspecto físico, como o narrador descreve o pássaro?
R:

d) Desenhe o pássaro de acordo com a legenda e escreva o que ele contou do:
  
  
Lugar frio                                                           desenhar
         

Menina eu...                                                      desenhar


         
Lugar quente                                                    desenhar


e) Retire do texto o parágrafo que fala do amor entre o pássaro e a menina.
R:

f) O que você achou do pássaro encantado? Por quê? 
R:

3- Gramática do texto:

a) 1º parágrafo – 3 subst. comuns.
b) 2º parágrafo – 1 adjetivo polissílabo.
c) 3º parágrafo – 1 subst. feminino com hiato.
d) 4º parágrafo – 2 verbos trissílabos.
e) 5º parágrafo – 3 adjetivos.
f) 6º parágrafo – antônimo dos adjetivos.
a) Quentes:
b) Descobertos:
c) Preto:
d) Impuro:
e)Silêncio:
g) 7º parágrafo – 3 substantivos concretos, plural.
h) 8º parágrafo – 1 substantivo derivado.
i) 9º parágrafo – 1 substantivo simples, polissílabo, com dígrafo e hiato, está no plural.
j) 12º parágrafo – 2 palavras com encontro consonantal.
l) 14º parágrafo – 2 palavras com dígrafos.
m) 15º parágrafo – 3 palavras oxítonas, acentuadas.
n) 20º parágrafo – 3 verbos polissílabos.
o) 21º parágrafo – 1 palavra com encontro consonantal, polissílabo.
p) 30º parágrafo – 1 substantivo composto.
q) 9º parágrafo – 2 substantivo abstrato, trissílabo e terminado com “eza”.

4) Retire os verbos que terminam com “u”.
R:

5) Encontre os verbos que terminam em “m”.
R:

5) Produção de Texto:
Se o autor do texto teve o direito de usar a imaginação para criar “A menina e o pássaro encantado” nós também vamos usá-la para escrever um texto com o título. ”A volta do pássaro encantado”.

6) Artes
      Use a sua imaginação e de um colorido especial para o seu pássaro encantado.


Atividade de Matemática

1- Efetue as operações e tire a prova real:

e)5436       
    x  34  

b) 12436|   17  .

g)  6347
     4392
   +2523

h)  93307         
  – 54825       

2- Expressões numéricas com eliminação de { [ ( ) ] }:

a) { 100 : [ 25 + (12 : 3 + 21) ] } + 30  – 23=

b) 400 – { 30 + [ 12 x ( 30 140 : 7 ) + 30 ] }=

3- Calcule a porcentagem de:
a) 35% de 7500=
b)17% de 8100=
c) 31% de 690=
d) 75% de 745=
e) 42% de 1592=
f) 25% de 3542=

4- Represente em real os seguintes valores. Use o símbolo R$.

a) Quarenta mil duzentos e cinco reais e dez centavos.
b) Quinhentos e vinte e sete reais e três centavos.
c) Seiscentos e dois reais e dezenove centavos.
d) Treze mil quatrocentos reais e oito centavos.
e) Sete mil e cinquenta reais.
f) Onze mil, oitocentos e vinte e nove reais e cinquenta centavos.
g) Trezentos e nove reais.
h) Mil, oitocentos e quarenta seis reais e trinta e cinco centavos.
i) Duzentos mil, seiscentos e oitenta e dois reais.

5- Resolva as multiplicações e as divisões com números decimais.

a) 13,25 x 3,4=
b) 9,27 x 30=
c) 25,04 x 2,2=
d) 7,92 x 12=
e) 32 : 5=      
 f) 124 : 8=
g) 9 : 4=
h) 87,36 : 32=
i) 1,5 x 1,7=
j) 0,65 x 1,8=
k) 50,2 x 4,7=
l) 30,8 : 22=
m) 9,17 : 7=
n) 2,75 : 25=

Atividade de Matemática

1- Sistema monetário: escreva por extenso:

a) R$ 945,20=
b) R$ 8.701,00=
c) R$ 52.800,11=  
d) R$ 5,75=
e) R$ 23.040,02=
f) R$ 6.090,90=
2- Calcule a porcentagem de:

e) 13% de 500=
f) 20% de 890=
g) 34% de 480=
h) 2% de 20=
i) 10% de 860=

3- Efetue as operações e tire a prova real:

a) 3503     .
     x  24  

b)  4764
     3469
   +2356
           
c)  80390       
  – 56648      
           
d) 27484  |   25   .

4- efetue as adições e as subtrações de números decimais:



a)       0,5 + 0,23 + 0,36=
b)       1,6 + +0,46 + 2,14=
c)        9,2 + 8,73 + 9,35=
d)       1,83 + 4,20 +4,09=
e)       9,17 + 3,15 + 18,32=
f)          6 + 4,1 + 3 +7,6=
g)       3,25 – 0,7=
h)        3,03 – 1,86=
i)          7,8 – 0,72=
j)          9,08 – 2,80=
k)        6,373 – 0,9=
l)          9,562 – 5,32=

Atividade de Matemática

1- Calcule a porcentagem de:

a) 16% de 3200=
b) 5% de 430=
c) 12% de 810=
d) 70% de 1820=

2- Escreva por extenso:

a) R$ 10,60=
b) R$ 0,30=
c) R$ 37,95=
d) R$ 235,00=

3- Efetue as operações:

a)  R$ 10,30
     R$ 23,72
  + R$ 43,42

b) R$   12,80
    R$   15,90
 + R$   62,70

c) R$ 15,03
 - R$  10,36

d) R$ 9.100,00
  - R$ 1.498,00

4- Efetue as operações:
a) R$ 60,58
       x        32
 
b) R$ 19,87
      x        43
                                                            
c) R$ 9.780,00  |    100    

d) R$ 735 |   100   

e) R$ 548  |   100    .

5- Expressões numéricas com eliminação de { [ ( ) ] }:

a) {7 x [ 42 – 3 x (5 + 2 x 4) ] + 12=

b) { 180 – 2 x [ 12 + 6 x 10 – (6 : 3) ] } + 210 : 70 =

O dono da bola

Aluno(a): ___________________________________   5º ano ____ Data: ____/ 11 / 2010.
Profª.: _____________________________________
Verificação de Aprendizagem de Língua Português.

O dono da bola

... Carlos Alberto acabava com tudo que era jogo.
A coisa começou a complicar mesmo, quando resolvemos entrar no campeonato do nosso bairro. A gente precisava treinar com bola de verdade para não estranhar na hora do jogo.
Mas os treinos nunca chegavam ao fim. Carlos Alberto estava sempre procurando encrenca:
– Se o Beto jogar de centroavante, eu não jogo!
– Se eu não for capitão do time, vou embora!
– Se o treino for muito cedo, eu não trago a bola!
E quando não se fazia o que ele queria, já se sabe, levava a bola embora e adeus treino.
Catapimba, que era o meu secretário do clube, resolveu fazer uma reunião:
– Esta reunião é para resolver o caso do Carlos Alberto. Cada vez que ele se zanga, carrega a bola e acaba com o treino.
Carlos Alberto pulou vermelhinho de raiva:
– A bola é minha, eu carrego quantas vezes eu quiser!
– Pois é isso mesmo! – disse o Beto, zangado. – É por isso que nós não vamos ganhar campeonato nenhum!
– Pois, azar de vocês, eu não jogo mais nessa droga de time, que nem bola tem!
E Caloca saiu pisando duro, com a bola debaixo do braço. 

1- Conversando sobre o texto:

a) Carlos Alberto, apelido Caloca, tinha espírito esportivo? Ter espírito significa ser educado no jogo.
R:

b) Os garotos que pretendiam participar do campeonato do bairro eram pobres ou ricos? Justifique sua resposta com informações colhidas do texto.
R:

c) Como você definiria Caloca? As exigências dele eram justas?
R:

d) Os garotos, embora sem recursos (nem bola tinham), estavam organizados: tinham um clube, cujo secretário era o Catapimba. Que é que o secretário fez e com que objetivo?
R:

e) Segundo o Beto, por que o time dos garotos não poderia ganhar o campeonato?
R:

f) Como acabou a reunião dos garotos, para resolver o caso de Carlos Alberto?
R:

2- Retire do texto:

a) 4 Substantivos próprios:
b) 3 Substantivos comuns:
c) 2 Adjetivos:
d) 2 Palavras derivadas:
e) 2 Pronomes pessoais:
f) 2 Pronome possessivo:
g) 2 Pronome demonstrativo:
h) 4 Verbos:
i) 2 Advérbios de lugar:
j)1 Palavra composta:
k) 1 Pronome de tratamento:


3- Ache o sujeito e o predicado das orações abaixo:

a) Catapimba era o secretário do clube.
Sujeito: _______________________________________
Predicado: ­ ____________________________________

b) Carlos Alberto e Caloca jogavam bola.
Sujeito: _______________________________________
Predicado: ­ ____________________________________

c) Eu e Beto assistimos o jogo pela televisão.
Sujeito: _______________________________________
Predicado: ­ ____________________________________

d) No 5º ano participei do campeonato.
Sujeito: ________________________________________
Predicado: ­ _____________________________________

4- Produção de texto:

Escreva uma poesia de 4 versos e 2 estrofes com as seguintes palavras:

bola – rola – escola – capitão – reunião – confusão – posição – complicação – emoção – coração – campo – jogo – apitou.

Obs. Você pode acrescentar mais palavras.